quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Até eu mesma me surpreendo. Detesto rotina e prêmios de consolação. Eu gosto do brilho. Do colorido. Mas às vezes preciso do fosco, do preto, do branco. Gosto da adrenalina. Do frio na barriga. Descrição não é o meu forte. Mas às vezes necessito ficar quieta no meu canto. Gosto de risada alta, de pular de alegria. Porém, curto os meus momentos de desilusão com gosto pra dar a volta por cima e rir muito depois. A fossa sempre me deixa mais forte. E eu gosto de surpreender. Gosto de refrigerante quase congelado e de café pelando de quente. Só depende do dia. Sou imprevisível. Grito rindo e grito chorando. Eu sou extrema e não há quem me mude. Minha vida é um parque de diversões. E eu arrisco ir nos brinquedos mais radicais. Minha vida é um cinema de comédia, de amor, de drama. E eu sou uma ótima protagonista para todos os estilos. Só não acho graça que a minha vida seja sempre a mesma. Eu sim posso ser a mesma, mas dentro de mim existem várias. Dentro de mim existe uma mulher fraca, outra forte, uma triste, outra alegre, uma persistente, outra desiludida, uma feia, outra bonita. Eu sou um pouco de tudo e gosto disso. Gosto de ter sabores diferentes. Amo ser doce pra quem merece, ser ardente quando quero, ser amarga pra quem não vale a pena. Não sou má, mas também não sou boazinha. Tenho meus picos de maldade. Mas não se assuste: são poucos. Eu sou humana, mas meio objeto, meio bicho. Sou gata, sou leoa, sou cachorro amigo, sou pássaro voando e cantando. Sou edredom macio e cheiroso, sou chave que abre a porta pra liberdade. Adoro desafios. E adoro que me desafiem. O jogo e a peleja me motivam. Eu acho lindo vestido branco, véu e grinalda, mas também me seduz vestir um vermelho berrante com um decote ousado. Eu sou mais sonho que realidade. Eu sou mais céu que chão. Mas não se engane! Embora sendo um pouco maluca eu tenho cabeça no lugar. Eu não sou tola, eu não sou burra, mas às vezes me faço pra passar bem. Eu sei muito bem com quem ando, muito bem onde piso, sei dos perigos que corro, mas adoro me aventurar. Acho graça no que ainda não tem definição e resposta. No entanto, às vezes preciso de certezas, pois o mundo cobra vida concreta e não abstrata. Essa sou eu. Uma nova velha, uma idosa jovem, sou um sol meio luar, sou o arco-íris que vem depois da chuva, o temporal que vem depois do tempo bom. Sou imprevisível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário